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Brasil, o País das letras
É pena que as letras que aqui me refiro são as das siglas partidárias, não significando cultura, estudo... É tanto “p” e nenhuma base ideológica que sustenta a quantidade de partidos existentes na atualidade, que espanta.
É verdade e totalmente compreensível que antes do fim do bipartidarismo brasileiro nossa visão era a existência dos mocinhos X bandidos. Vamos aqui utilizar esta de mocinhos X bandidos, como linguagem figurada para que eu possa desenvolver o raciocino, ok? Não vamos levar ao pé da letra senão é capaz de eu ter de responder a processo. De um lado nós tínhamos o Dr. Ulisses e companheiros lutando contra os governos militares. Nesta época sabíamos que o MDB não era propriamente um partido; era ele um movimento que agregava em si todas as ideologias democráticas.
Nota: Se posso dizer que todas eram democráticas, não tenho tanta certeza, mas contra os militares eles eram.
Mas ai veio o pluripartidarismo que foi uma invenção no Brasil de governo militar, no intuito de tentar enfraquecer o MDB. E deste momento em diante os partidos começaram a nascer como chuchu na cerca. Foi uma loucura. E apesar de não ter lembrado chuchu propositalmente, mas acabou sendo boa lembrança. Afinal, chuchu sem camarão e outros acessórios é sem gosto. Igual a boa parte dos partidos brasileiros que em sua grande maioria são aqueles que não tem em si o acessório tão importante para a formação de um partido, que é a ideologia...
Encaminhamos-nos para 2014, quando escolheremos um novo ou nova Presidente da República. Mas o que verdadeiramente assusta é o fato de que a não ser que apareça um coelho do chapéu de um mágico, esta eleição será definida entre os atuais: Presidenta Dilma e o Senador Aécio Neves. A não ser que ocorra um fogo-amigo tão pesado que um dos dois acabe sendo vítima de seus mais próximos. E é esta uma questão que pode ocorrer, apesar de difícil. Mas esta probabilidade de ocorrer não é devido ao excesso de partidos, mas, antes de qualquer coisa, devido ao excesso de individualismo que na política nacional é tão comum. Individualismo pernicioso que foi e ainda é o grande gerador da formação de tantos partidos sem valor ideológico algum. O PT já contratou uma metralhadora, de qualidade questionável, para atirando em todos tentar enfraquecer já alguns possíveis concorrentes. E apesar da prática ser questionável o objetivo é claro.
Muitos devem estar a pensar que entre as funções do segundo turno é exatamente o de dar aos candidatos condições de efetuar alianças com os que não alcançaram esta segunda etapa do processo eleitoral. Mas lembrando a história do fogo-amigo, este pode ocasionar que um dos dois principais candidatos não esteja nesta segunda fase. E tanto aquele que ocasionou este atrapalho, quanto aquele que tinha tudo para chegar lá mas não conseguiu, ambos sairão perdendo! Afinal, seja para derrotar em um segundo turno o Senador Aécio Neves ou a Presidenta Dilma Rousseff, não há outro candidato (a) do que eles próprios. E com isto quem sai perdendo é o Brasil e o povo. Infelizmente não vivemos em um sistema de governo transparente. Transparência Política
Marcílio Franco da Costa Pereira